sexta-feira, 19 de abril de 2013

A Sociedade, as Leis e aqueles que as fazem ou Redução da Maioridade Penal.


A quem servem os senhores deputados federais e senadores? Quero crer que servem a si mesmos e não aos seus eleitores, suas cidades, seus estados e ao seu país. As leis que eles próprios escreveram, discutiram e aprovaram são desrespeitadas por eles mesmos com a maior desfaçatez que se possa imaginar. Muitas das nossas Leis são obsoletas, como por exemplo a da maioridade penal. Basta vermos o caso  dos “mensaleiros”, onde vários deles tentaram e ainda tentam safarem-se dos crimes cometidos, crimes estes que foram provados e comprovados no Supremo. Deixemos de lado esses malandros e vamos logo ao que nos interessa que são os pequenos marginais, sendo que, a maioria deles com dezenas de passagens pelas delegacias de polícia. Os considerados e chamados “di menor” deitam e rolam realizando crimes brutais como assassinatos a sangue frio, crimes hediondos, roubos, assaltos, tráfico de drogas e de armas, tudo de ruim que se possa imaginar e, mesmo assim, saem de seus recolhimentos da Fundação Casa e vão para as ruas continuarem suas ações delituosas como se nada houvera acontecido. Como todos sabemos essa fundação tornou-se um centro de aperfeiçoamento e desenvolvimento de criminosos juvenis, podendo-se compará-la a uma verdadeira universidade do crime. Nossas autoridades fazem vistas grossas às nossas queixas e reclamações e teimam em não reconhecer que, lamentavelmente, nem a Fundação Casa e nem qualquer presídio deste sofrido e maltratado Brasil reeduca quem quer que seja. Nem a Psicologia e a Psiquiatria, com seus arsenais de teorias e medicamentos conseguem juntas o milagre de reeducar um marginal que vive na senda do crime desde o útero materno. Recentemente o senhor governador de São Paulo foi a Brasília levar uma proposta que pretende aumentar a permanência dos marginais mirins internados na Fundação Casa. Sua proposta senhor governador apenas dá uma pequena maquiada no que já existe e que não funciona. Temos isto sim, que mudar a Legislação Penal de maneira que preveja, como em países da América do Norte, da Europa, Ásia, África, Oriente Médio e até aqui na América Latina, leis mais rígidas e rigorosas que punam marginais e criminosos mirins. A sociedade brasileira vem sofrendo sérias e severas mudanças em virtude da impunidade das nossas autoridades não só em virtude das leis arcaicas e ultrapassadas pelo tempo bem como pela absoluta e total insegurança provocada pela própria impunidade. Desse modo chega-se a uma conclusão simples e elementar: Mudança já.  Vamos mudar as leis que já não nos servem mais. Por que? Simples assim. As leis foram feitas para servir e proteger a sociedade. Sua finalidade primeira é servir e proteger, como diz a própria Polícia Militar de São Paulo. Lamentavelmente as leis atuais não nos servem mais pois não nos protegem contra os marginais mirins e nem contra os marginais profissionais maiores de idade, os quais são os professores e mestres dos menores. Muitos crimes são praticados por maiores acompanhados por menores que são, na verdade, seus escudos. Todos, maiores e menores, têm dezenas de passagens pelas delegacias do Brasil. Necessitamos de leis mais rígidas e muito mais severas. Pesquisa do Jornal Folha de São Paulo aponta que 93% da população paulistana pede prisão para os menores de 16 anos. Particularmente sou favorável a punição igualmente severa para menores de 10 anos como em outros países. O que piora a situação é a calamitosa situação dos presídios brasileiros que se transformou em um depósito de lixo humano, além de não existir segurança máxima pois os líderes das gangs comandam seus soldados por celular. Repito, se a atual legislação não nos serve mais vamos mudar a legislação pois somos soberanos e tudo podemos quando queremos. Um filósofo inglês, se não me engano, Lorde Byron disse certa vez: “Querer é Poder”. Se a população quer por os parlamentares que são os representantes do povo não querem? A quem essa classe desclassifica representa? Aos marginais ou àqueles que os elegeram?
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Afif Bittar – Sociólogo – Especialista em Psicologia Social – Consultor de empresas em Administração Geral e em Recursos Humanos.     (18/04/13).

terça-feira, 16 de abril de 2013

Gestão de Pessoas só para o COMPETENTE, e poucos o são! XIV


As modernas tendências mundiais indicam que o profissional de recursos humanos ideal é aquele que domina as técnicas de comunicação. Contudo o que realmente podemos observar é que existe um contingente, no mínimo, insignificante desses profissionais com tamanha habilidade. Em outras ocasiões tive oportunidade de dizer que lidar com gente é uma tarefa difícil, árdua mesmo, e que é muito mais fácil lidar com máquinas do que com pessoas. Entretanto essa tarefa de lidar com pessoas é muito, mas muito mesmo, enriquecedora. Ela requer extrema boa vontade, muita habilidade, disposição, atenção ao ouvir as pessoas e habilidade para a arte de comunicação.
Ouvimos freqüentemente pessoas dizerem que preferem trabalhar sozinhas do que em companhia de outros indivíduos Esta preferência é uma mera desculpa para que não sofram o desgaste de uma interação com outros indivíduos. Pesquisas revelaram que entre mais de 2000 pessoas, 62,42% preferem trabalhar sozinhas, enquanto 37,52% preferem trabalhar em grupo e os restantes 0,06% não opinaram. Importa saber que o trabalho em grupo é deveras enriquecedor, onde existe uma constante e permanente troca de conhecimentos e experiências onde todos os participantes sempre acabam ganhando. Na interação intra e inter grupal todos têm a oportunidade de aprender, inclusive aprender a arte da comunicação, visto que ela leva e traz conhecimentos. Todo o nosso conhecimento aprendido através da comunicação escrita, falada, gestual, simbólica, visual, de toda a tecnologia de comunicação de ensino. São muitos os veículos de comunicação e muito podemos aprender com todos eles. Entretanto é muito importante que selecionemos o que as mídias querem nos enfiar goela abaixo. Devemos ser seletivos nas nossas escolhas, seja nas leituras de jornais, revistas, livros, nos programas de TVs, nas emissoras de rádios, nas nossas amizades, nos ambientes que freqüentamos. Onde estivermos estaremos sempre aprendendo e ensinando alguma coisa. Esta é a escola da vida, da nossa vida, talvez a maior e melhor de todas as vidas vividas por nós.

Os Macacos.
Um grupo de cientistas colocou cinco macacos numa jaula. No meio da jaula colocou uma escada e no alto, acima da escada, um cacho de bananas. Quando um macaco subia a escada para pegar as bananas os cientistas jogavam um jato de água fria nos macacos que estavam no chão. Depois de certo tempo, quando um macaco ameaçava subir a escada os demais o pegavam e o enchiam de pancadas. Depois de algum tempo nenhum macaco subia a escada apesar da tentação das bananas. Por essa razão os cientistas substituíram um dos macacos por um novo. A primeira coisa que ele fez foi subir a escada, tendo sido retirado e surrado pelos demais. Após algumas surras o novo integrante não mais tentou pegar as bananas. Um segundo, um terceiro, um quarto e finalmente o veterano foram substituídos e as surras continuaram, mesmo sem o banho de água fria. Os cientistas resolveram escolher o grupo dos cinco macacos que, embora não tenham tomado banho frio, continuavam batendo naquele que tentasse pegar as bananas. Se você entendesse a linguagem dos macacos e perguntasse a um deles porque eles batiam em quem tentasse subir a escada, certamente a resposta seria: “não sei, as coisas por aqui sempre foram assim”.
Moral da história: Mude o seu mundo já, não espere pelos outros.
Obs. Artigo de autor desconhecido com alterações introduzidas por mim.

Afif Bittar – Sociólogo – Especialista em Psicologia Social – Consultor de empresas em Administração Geral e em Recursos Humanos.         (07/03/08).
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Gestão de Pessoas só para o COMPETENTE, e poucos o são! XIII


Veremos a seguir quais são as vantagens oferecidas pela delegação de poderes.
  1. Um tempo maior para dedicar-se aos assuntos/atividades mais importantes e de sua inteira responsabilidade, assuntos estes que não poderão nunca serem delegados a quem quer que seja.
  2. Disponibilidade para acompanhar e avaliar o potencial dos seus subordinados através do desempenho atingido nas diferentes atividades delegadas. Na medida em que você delega fica evidente que sobrará algum tempo para que se dedique mais às atividades de supervisão. É exatamente isso que você deverá fazer daqui para frente. Supervisionar, acompanhar, avaliar, orientar e treinar seus subordinados.
  3. Estimule sempre sua equipe com novos desafios, novas atribuições e maiores responsabilidades através da motivação.
Sabe-se por outro lado que a adoção da delegação de poderes tem seus custos. Sabemos também, por outro lado, que ao se calcular seu custo/beneficio, teremos como resultado final a balança pendendo para o lado dos benefícios. Vejamos agora quais são os custos da adoção dessa técnica.
    • Você terá que abrir mão de um pedaço do seu poder, pois aquele que recebeu a delegação passará a exercer o poder de decisão sobre aquelas questões que anteriormente eram suas. Aquele que agora executa o serviço terá que ter toda autonomia para decidir sobre “o que, como, quando, por que, para que e para quem fazer”.
    • Você deverá providenciar orientação adequada ao funcionário que recebeu a delegação.  Deverá tomar todos os cuidados para que o processo introduzido por você não seja engessado. Permita que aquele a quem você delegou as tarefas tenha oportunidade para introduzir melhorias no trabalho atual e aceite isso como uma evolução natural.
Busque aliados que trabalhem com você. Isso significa negociar ações, processos, mudanças, ao invés de impor idéias. Compromissos devem ser divididos e assumidos em comum acordo e não apenas comunicados. Os colaboradores devem ser instruídos sobre o que estão fazendo e por que o fazem ou porque o farão. Dessa maneira você obterá um vínculo de cumplicidade e não de autoridade. Boa sorte.

(Trecho extraído com alterações do livro “Todos podem ser competentes na gestão de pessoas, inclusive você”, de minha autoria em parceria com o professor Djalma Cholas).
Afif Bittar – Sociólogo – Especialista em Psicologia Social – Consultor de empresas em Administração Geral e em Recursos Humanos.     (01/02/08).
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sábado, 13 de abril de 2013

Gestão de Pessoas só para o COMPETENTE, e poucos o são! XII


Como disse anteriormente, delegar atividades e procedimentos não são ações e sim processos, porém, para delegarmos, devemos seguir alguns princípios básicos que irão nortear nosso ato de delegação:
  • Selecione dentre os representantes do seu grupo de trabalho aquele que, de acordo com sua avaliação, preencha os requisitos para executar aquela atividade que você deseja delegar.
  • Treine. Ensine ao funcionário selecionado aquilo que você quer que ele aprenda. Ensine-lhe todos os segredos e “macetes” do serviço. Ensine o famoso “pulo do gato”, pois, caso contrário, o trabalho não será concretizado, isto é, finalizado da forma correta e de acordo com o seu desejo e, desse modo, você acabará perdendo tempo, pois terá que refazê-lo. Coloque-se à disposição do funcionário para dirimir toda dúvidas que possam existir.
  • Apóie, auxilie e acompanhe. Com seu conhecimento e experiência, forneça ao selecionado equipamentos e materiais necessários para o desempenho das novas responsabilidades assumidas. Coloque-se à disposição para resolver prováveis dúvidas. Acompanhe o desenvolvimento do seu treinando durante um determinado tempo. Inspire segurança. Ele necessita sentir-se seguro para melhor realizar suas tarefas.
  • Controle. Exerça controles periódicos até certificar-se de que o funcionário a quem você delegou a tarefa tenha pleno controle da atividade assumida.
  • Dê autonomia para que o funcionário “crie” sobre a nova atividade (quando ele tiver pleno domínio de sua execução). Gradativamente, e, na medida do possível, deixe que o funcionário tome suas próprias decisões.
  • Lembre-se, você continuará sendo o responsável pela ação que delegou. Você escolheu, decidiu, selecionou, aprovou e treinou um funcionário para esse serviço, logo, é responsável pelas ações dessa pessoa, pois essa atividade é tarefa específica da sua função já que ela consta da descrição do seu cargo.
  • Manutenção do segredo de informações confidenciais. Salários, sistemas de segurança e planejamento estratégico entre outros, são responsabilidades que recomendamos não delegar, assim como uma cópia xerox do seu cargo. O vazamento de determinadas informações certamente irá causar sérios prejuízos à empresa e cujos resultados poderão ser terrivelmente desastrosos.
Artigo extraído e modificado do livro “Todos podem ser competentes na gestão de pessoas, inclusive você”, de minha autoria em parceria com o professor Djalma Cholas.

O maior balcão de negócios do planeta.
Está cada vez mais difícil entender o que se passa nas cabeças dos políticos brasileiros. Não se pode confiar em quem quer que seja. O mesmo indivíduo que ontem disse ser contrário a aprovação de determinado projeto muda repentinamente de opinião, votando a favor. Você sabe qual a razão dessa mudança? Claro que sabe. São tantas as propostas recebidas por eles para votar desse ou daquele modo que os deixam confusos. As despesas por conta desses votos são sempre contabilizadas e debitadas ao “custo Brasil”. Todos nós pagamos por esses acordos espúrios, nojentos, sujos, safados. Tudo é feito e realizado com tamanha desfaçatez que envergonha os negociadores do famoso “mensalão”. O político brasileiro, via de regra, muda de partido, de credo religioso, de ideologia política, sempre movido por incentivos em dólares, reais, libra esterlina, não importando a moeda de pagamento, depende somente do valor. da “pátria amada, salve, salve” e sim dos seus próprios interesses. Nossos parlamentares transformaram o parlamento brasileiro no maior balcão de negócios do planeta. É para lamentar não é mesmo?

 Afif Bittar – Sociólogo – Especialista em Psicologia Social – Consultor de empresas em Administração Geral e em Recursos Humanos.  (20/11/07).
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Gestão de Pessoas só para o COMPETENTE, e poucos o são! – XI


A delegação administrativa de poderes consegue aumentar a eficiência e eficácia do sistema através do comprometimento mútuo dos membros do grupo, podendo ser observado nestas cinco áreas:
  1. Resultados desejados: Cria uma noção comum muito clara do que necessita ser obtido, focalizando “o que, e não o como”, buscando “resultados e não o método”. Visualize os resultados e faça com que a outra pessoa o veja também. Faça uma antecipação das conseqüências do atingimento ou não dos resultados, do prazo e das condições.
  2. Orientação: Estabeleça os “parâmetros dentro dos quais a pessoa deve agir”, porém, cuidado para evitar a delegação de métodos e não de poderes, voltada para a delegação restrita. Caso você conheça os caminhos que não dão em nada nesta tarefa, mostre-os. Seja sincero, aberto e honesto. Diga para a pessoa onde ficam os becos e armadilhas. Ninguém é obrigado a reinventar diariamente a roda. Mantenha a responsabilidade pelos resultados com os membros do grupo.
  3. Recursos: identifique e disponibilize-os. São os recursos humanos, financeiros, materiais, tecnológicos e organizacionais necessários para o atingimento dos objetivos, pois somente assim estará fornecendo todas as condições para que a atividade seja realizada com a melhor qualidade.
  4. Acompanhamento: Estabeleça os padrões de desempenho que serão utilizados para avaliar os resultados e negocie e estabeleça em comum acordo a data para entrega dos relatórios e para as entrevistas de avaliação.
  5. Conseqüências: Especifique o que deverá ocorrer quando forem divulgados os resultados da avaliação de desempenho. Pode-se, caso seja esta a idéia, incluir itens como recompensa financeira, transferências de áreas, promoções, aumentos salariais por mérito, viagens etc.
Delegar atividades não é uma ação e sim um processo e para tanto somos obrigados a seguir alguns princípios.

Nota: Trecho extraído e alterado do livro “Todos podem ser competentes na gestão de pessoas, inclusive você”, de minha autoria, em parceria com o professor Djalma Cholas.               

Afif Bittar – Sociólogo – Especialista em Psicologia Social – Consultor de empresas em Administração Geral e em Recursos Humanos. (10/11/07)