terça-feira, 10 de abril de 2012

O que é e como deve ser o TRABALHO EM EQUIPE.

Parte I
O comprometimento com a qualidade nasce da conscientização individual trabalhada em grupo, onde cada membro sente-se importante como parte do todo. As empresas, organizações, entidades, instituições, não importa o nome pelo qual são chamadas, não necessitam de “servos”, elas são carentes de pessoas que “pensem, opinem, façam e dialoguem” sobre todas as possibilidades que possam existir para realizar de formas ou maneiras diferentes uma mesma atividade ou trabalho sem perda da qualidade e de acordo com prazo estabelecido . É esperado ainda que as pessoas utilizem sua “criatividade” colocando-a em prática. Ninguém melhor do que as pessoas que realizam um trabalho para sugerir mudanças e melhorias nas suas atividades, pois estas pessoas estão envolvidas e comprometidas com aquilo que fazem. Na maioria das equipes a energia dos seus membros atua individualmente. Se fôssemos criar uma figura dessa equipe como um conjunto de indivíduos com diferentes graus de “poder pessoal”, isto é, com capacidade de obter resultados pretendidos, iríamos ver os membros dessa equipe orientados em diferentes direções na vida, seriam pessoas completamente perdidas em um labirinto sem saber que direção tomar. A característica fundamental das equipes pouco alinhadas é a de uma grande perda de energia, gerando, ao final de um dia de trabalho, um enorme desgaste mental e psicológico e, ao mesmo tempo, causando inevitavelmente atritos entre os membros do grupo. As pessoas podem até trabalharem com afinco, contudo, seus esforços isolados não são transmitidos e transferidos para o trabalho em si e, obviamente, nem para o resultado do grupo. Quando uma equipe se torna alinhada surge uma direção única para direcionar as energias individuais, energias estas que se harmonizam e que resultam em perdas menores. Essa energia acaba se transformando em uma sinergia de todo o grupo, podendo ser comparada com uma luz coesa de um laser no lugar da luz difusa de uma lâmpada comum. Aqui, neste caso, todos trabalham buscando atingir um único objetivo. Todos caminham na mesma direção, não estão perdidos em nenhum labirinto como se fossem um amontoado de gente. Aprendizado em grupo é um processo de alinhamento, desenvolvimento e amadurecimento desse grupo em criar os resultados que seus membros realmente desejam tendo em mente atingir um objetivo comum. O grupo se desenvolve a partir desse objetivo comum e, principalmente, em razão do talento dos seus membros. Entretanto objetivo e talento não são suficientes. O planeta está repleto de indivíduos talentosos que compartilham objetivos comuns por determinado tempo e, contudo, não conseguem realizar suas missões de maneira satisfatória. Esses indivíduos estão inseridos em grupos que não passam de amontoados de pessoas. Nunca foi tão necessário quanto agora implementar um programa de aprendizado em grupo nas organizações.
Parte II
A participação é o fator primordial e essencial na motivação de uma pessoa ou de um grupo. Os sentimentos de “fazer parte, tomar parte e ter parte” estão sempre presentes em nossas ações quando nos socializamos, quer na família, na empresa, na comunidade, na escola, na igreja, no grupo de amigos, no lazer. Quando estimulamos os sentimentos de pertencer a um grupo, seja ele qual for, estar presente e construindo o sucesso desse grupo, sentindo-se também responsável por uma parcela de participação/contribuição nesse processo, estamos criando condições favoráveis para que as mudanças aconteçam/ocorram bem como pela sustentação das mudanças implementadas. Fazer Parte: Sentimento que as pessoas têm de pertencer a um grupo, organização, nação, religião, clube etc. Tomar Parte: Ato ou ação de tomar parte, de construir alguma coisa, decidir caminhos e destinos a serem tomados, estar presente em reuniões que decidam sobre momentos importantes nas vidas das pessoas, de um grupo, de uma organização, sociedade, religião, nação etc. Ter Parte: Sentimento de realização pessoal decorrente do aproveitamento da contribuição individual em benefício do grupo, nação, organização, sociedade etc. Este reconhecimento não se traduz, necessariamente, em vantagem monetária ou material, contudo, preenche as necessidades de participação e reconhecimento próprios da natureza humana. A criação de condições de mudança de estilo gerencial, estrutura e sistema organizacional propicia um ambiente em que a motivação e a participação são geradas pelos próprios indivíduos. Vejamos algumas vantagens da participação: Resolve Problemas difíceis de serem equacionados individualmente; Gera Comprometimento com soluções geradas durante a participação dos membros do grupo uma vez que todos deram suas contribuições; Prepara quadros de liderança para a empresa; Abre Caminhos para a realização pessoal e profissional. A participação possui duas bases complementares: a) Base Afetiva: acontece quando o indivíduo sente prazer em realizar atividades com outras ressoas, isto é, trabalhar em grupo. b) Base Técnica: ocorre no momento em que a pessoa entende que o trabalho realizado com outras pessoas é muito mais eficaz e eficiente do que realizado individualmente, donde podemos concluir que exercer uma liderança coerente, delegar corretamente e permitir a participação das pessoas no trabalho em grupo, em equipe, irá permitir a obtenção de melhores resultados do que quando se trabalha individualmente, isoladamente. Para que isso ocorra, as técnicas deverão ser usadas todas no seu conjunto. Deve-se ainda valorizar as diferenças individuais para que se obtenha o melhor de cada pessoa. Quando percebemos que as diferenças são boas e úteis devemos dizer: “Que bom, ótimo que você vê esta situação de outro jeito! Ajude-me a entendê-lo do seu jeito, como você.” Vejamos agora quais são OS NOVE INGREDIENTES DE UM LÍDER: 1) Humildade para reconhecer seus limites e pontos fracos; 2) Habilidade para atrair parceiros e realizar atividades produtivas a partir destas descobertas; 3) Humor para enfrentar os erros que fatalmente ocorrerão com você; 4) Honestidade e imparcialidade para avaliar os resultados; 5) Atenção para detectar talentos e descobrir os motivos que levam as pessoas a agirem; 6) Abstenção do controle exagerado e do excessivo direcionamento das ações; 7) Aplausos e recompensas para os acertos; 8) Abertura da mente para descobrir, aceitar e adotar caminhos alternativos; 9) Humildade em todas as ações.
Afif Bittar – Sociólogo – Especialista em Psicologia Social – Consultor de empresas em Administração Geral e em Recursos Humanos.   (31/03/12). 


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