Os estudiosos do assunto sabem, e muito melhor que eu, que marketing é uma estratégia de otimização de lucros através da adequação de produção e ofertas de mercadorias ou serviços às necessidades e preferências dos consumidores e, para isso, recorrem às pesquisas de mercado. Entre suas diversas funções podemos constatar ações que visam influenciar o público em torno de idéias, marcas, instituições, pessoas, produtos, serviços etc. Existem diferentes modalidades de marketing: a) cultural – que vemos através de patrocínio de atividades artísticas, culturais, científicas, educacionais e esportivas; b) direto voltado a criação de uma relação direta entre o consumidor e o fornecedor; c) institucional visa o fortalecimento da imagem da empresa ou de qualquer outra instituição, seja governo, igreja, clube etc. d) interno ou endomarketing– preocupado apenas com o público interno podendo ser empregados, acionistas, revendedores etc. e) político – aquele que relaciona-se com atividade política em geral, às ações governamentais, campanhas eleitorais etc.
As empresas privadas em geral utilizam-se inteligentemente desse precioso recurso, onde cada centavo de US dólar é investido na certeza do retorno do capital empregado na campanha promocional. Por sua vez os órgãos públicos brasileiros atiram pelas janelas toneladas de recursos financeiros destinados a financiar campanhas publicitárias. Essas volumosas verbas acabam caindo nos colos dos amigos dos donos do poder, sócios proprietários de várias agências de publicidade espalhadas por todo o país. Vale destacar que tais campanhas publicitárias são no mínimo perdulárias e que não resultam em absolutamente nada de positivo para a sociedade brasileira. Os únicos ganhadores neste caso são as agências de publicidade, os partidos políticos e seus membros. Você acredita no INSS, no bom atendimento dos hospitais credenciados pelo SUS e em aumento salarial de 100% para aposentados? Caso sua resposta seja sim, significa dizer que você acredita em “mula-sem-cabeça”. Estas são instituições com pouquíssima credibilidade e, certamente, nenhum “mago” conseguirá transformá-las em instituições sérias e idôneas. As campanhas publicitárias dos governos (federal, estaduais e municipais) visam mudar uma imagem desacreditada, negativa, transformando-a em acreditada e positiva. Vale dizer que atingem em parte seu objetivo justamente com a parcela da população que ainda crê em “mula-sem-cabeça”, em contos de fadas. Refazer a imagem desgastada e negativa destes órgãos governamentais é tarefa para os heróis das histórias em quadrinhos.
Afif Bittar – Sociólogo – Especialista em Psicologia Social – Consultor de empresas em Administração Geral e em Recursos Humanos. (10/11/06) - http://afifbittar.blogspot.com.br/
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