Não faz muito tempo falei sobre
este assunto nesta coluna. Sinto-me na obrigação de voltar ao tema em virtude
de sua importância, do seu real valor e da sua atualidade, especialmente por
que cada vez mais as pessoas perdem tempo, ou melhor, não têm a mínima idéia do
que seja desperdiçar o tempo com assuntos sem importância alguma como, por
exemplo, falar por longos e intermináveis minutos ao telefone, perdem precioso
tempo em reuniões que sequer tem pauta e que não resolvem nada, a não ser para marcar
outra data para uma nova reunião.
Você, uma pessoa do século XXI,
conta com a disponibilização de recursos humanos, materiais, tecnológicos e
financeiros para a concretização dos objetivos organizacionais, bem como dos
seus objetivos pessoais. Você, como pessoa deste século, atualizado e muito bem
informado sobre as mais modernas teorias administrativas, tem todas as condições
de planejar e organizar as suas atividades e tarefas, de modo que possa
caminhar com total facilidade na direção dos objetivos organizacionais
previamente estabelecidos. Assim agindo sua margem de erro é mínima. O
planejamento irá orientar seus passos e ações na direção dos seus objetivos
tornando quase nulas as hipóteses e possibilidades erros.
Pesquisas realizadas com
executivos paulistanos revelam que apenas um em cada três está satisfeito com a
administração do seu tempo. Em uma dessas pesquisas feita com cerca de 500
executivos apenas 33%, ou seja, 165, estavam satisfeitos e os demais 67%, o que
corresponde aos 335 restantes estavam insatisfeitos com a administração do seu
tempo. Os executivos insatisfeitos queixavam-se da falta de tempo para
dedicarem a si mesmos, aos relacionamentos com familiares, ao estudo, amigos,
bem como ao lazer. Como podemos ver, os relacionamentos prejudicados ficam
inteiramente na dependência das horas que acabam sendo dedicadas ao trabalho.
Tal dependência irá tornar seu trabalho prazeroso ou não, agradável ou não,
dependendo da forma como você administra seu tempo. Saber como administrá-lo,
estabelecer prioridades, cronogramar e determinar prazos (inicial e final) para
cada atividade, aproveitando o máximo possível do seu tempo, tornando-o
verdadeiramente produtivo. Este é realmente o caminho para todos aqueles que
alegam não terem ou não encontrarem tempo dentro do seu “dia-a-dia” para
contatos com amigos, família e lazer.
Após enormes sacrifícios as
pessoas acabam concluindo que o tempo é um bem muito precioso e que, por isso
mesmo deverá ser preservado a qualquer preço. Sabemos perfeitamente que o tempo
interfere na qualidade de vida e vice-versa, pois a qualidade de vida, de modo
geral, atua sobre o sistema de gestão (gerenciamento) como um todo. A qualidade
de vida é vista como uma espécie de equilíbrio de vida interior, vida pessoal, isto
é, os relacionamentos sociais com a família, amigos, lazer, clube, teatro,
cinema, bem como com a vida profissional, com as horas dedicadas ao trabalho.
Este equilíbrio é essencial para que os seus objetivos pessoais sejam alcançados
através do trabalho. Há sem dúvida uma interdependência entre a vida interior
(pessoal) e a vida profissional. Uma se realiza com e através da outra. Atingir
os objetivos organizacionais que, por conseguinte, são seus, no tempo previsto,
sem se descuidar das horas a serem dedicadas à família, aos amigos, lazer e a
si mesmo, é também uma questão de planejamento. A realização pessoal e
profissional de cada indivíduo depende da sua qualidade de vida. A qualidade de
vida está intimamente ligada à gestão do tempo e ao modo como ele é
administrado. Administrá-lo bem não é uma simples meta a ser atingida, e sim,
um modo de sobreviver bem e melhor, com melhor qualidade. Tornar sua vida
profissional e gostosa de viver depende exclusivamente de você, de como administra
seu tempo.
Afif Bittar – Cientista Social –
Especialista em Psicologia Social – Consultor de empresas em Administração
Geram e em Recursos Humanos. (09/11/09).
afifbittar.blogspot.com.br
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