Vivemos dias que podemos comparar
aos vividos durante a segunda grande guerra mundial. A economia mundial ruiu,
definhou, escafedeu. A crise é maior que a que se profetizou. Este quadro nos
leva a uma dura reflexão. Que habilidades devemos desenvolver para que possamos
lidar com a motivação humana em todas as suas dimensões mais profundas? Os
atuais cenários empresariais exigem cada vez mais reflexões profundas. Demissões
em massa espocam diariamente pelos quatro cantos do planeta. Lamentavelmente os
desarranjos da economia norte americana produziram efeitos desastrosos em todo
o mundo. Seus reflexos terão uma duração longa e dolorida por nações e povos que
nada devem e nada têm com os descontroles e desarranjos produzidos pela
desastrosa administração de desgovernos norte-americanos e europeus. Empresas e
profissionais que estejam cientes de suas responsabilidades sociais devem se
unir no sentido de determinar e estabelecer novos rumos, novos destinos, novos
objetivos, planejando mudanças que permitam um rápido retorno ao antigo “status
qüo”. As intenções e aspirações mais profundas manifestas das pessoas na
sociedade demonstrando seus desejos de ocupar posições e exercer papéis com
maior pragmatismo nos acontecimentos e na vida das empresas devem fazê-lo
urgentemente. Os indivíduos estão hoje muito mais conscientes dos papéis que
lhes cabem e que desempenham na sociedade, procurando desempenhá-los com
excelência profissional. O grande segredo é a adoção de uma postura
profissional adequada, algo em falta em muitas empresas, profissionalização e
especialização dos ocupantes de todos os cargos em todos os níveis hierárquicos.
Convém lembrar que as empresas deverão sofrer mudanças estruturais, isto é, na
sua estrutura como também na sua cultura organizacional. Como reflexo dessas
mudanças deverão surgir em curto tempo uma agradável agilização nas decisões e
ações dos administradores, gerentes, diretores, como também nos trabalhadores
em virtude da adoção de um estilo de gestão mais participativo. As palavras de
ordem adotadas após a implantação das novas estratégias deverão ser: excelência
profissional, inovação, criatividade, equipe, grupo, comprometimento,
orientação ao cliente entre outras. Os primeiros desafios da gestão de pessoas
está na concepção de políticas adequadas aos novos valores e que sejam
coerentes. Um desses desafios reside na formação de uma equipe altamente preparada,
motivada, cooperativa, solidária, buscando atingir objetivos otimistas. O
comprometimento dos componentes dos grupos com metas e objetivos é algo que não
depende exclusivamente das adequadas políticas de recursos humanos. Esse
comprometimento depende muito mais das motivações individuais. Deve ficar claro
aos colaboradores qual a “missão” da empresa, qual o serviço que presta à
sociedade. Esta “missão” deve ficar muito clara a todos os funcionários. Para
que tudo seja incorporado pelos empregados entra em cena a figura dos lideres
autênticos. Esses líderes deverão ser orientados para exercerem influências nos
seus companheiros procurando mudar seus modos de pensar e agir, nas maneiras de
executar seus trabalhos, fato que deverá exercer significativa mudança nas suas
personalidades. Esses líderes, sem que o percebam, acabam liberando enormes
talentos entre seus colegas de trabalho. São os verdadeiros líderes que sabem lidar
com as diferenças individuais, o que é uma tarefa verdadeiramente difícil.
Esses líderes conseguem dominar a difícil arte de despertar e transmitir
motivos de valor ao trabalho que cada um realiza, ou seja, a motivação que se
deseja conseguir dos colaboradores, aquela que se torna um diferencial
competitivo e que demanda um esforço verdadeiramente difícil de se copiar.
Estas são as verdadeiras qualidades que devem possuir os verdadeiros líderes. Todas
as organizações têm a missão de difundir esse estilo de liderança. O líder deve
ser sensível às pessoas e competente no negócio, pois vivemos uma nova era dos
negócios.
afifbittar.blogspot.com.br
Afif Bittar – Sociólogo – Especialista
em Psicologia Social – Consultor de empresas em Administração Geral e em
Recursos Humanos. (27/04/09).
E.T.: Relendo este artigo em
janeiro de 2013 vejo que vivemos a mesma
crise de alguns anos. O foco da crise iniciada nos Estados Unidos da América foi
deslocado para a Europa.
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