Toda instituição, seja um país,
um estado, um município, uma empresa, um setor produtivo qualquer, não
importando seu tamanho, necessita de um conjunto de fatores para poder se
desenvolver: Recursos Naturais ou
Matéria Prima, Recursos Materiais, Tecnológicos, Financeiros, Humanos, Um muito
bem montado Sistema de Comunicação interna e externa, bem como de um contexto
institucional adequado. Estes fatores todos são muito importantes e sua
importância varia no tempo e no espaço, sendo todos indispensáveis ao
desenvolvimento da organização seja ela privada ou pública.
Para que entendamos o título
deste artigo devemos definir e também entender os recursos humanos como “mão de
obra qualificada”. Veja por que faço essa observação. A força de trabalho e de
produção de uma organização, isto é, seus recursos humanos, se mobiliza com
vistas ao desenvolvimento sócio-econômico de uma determinada região de acordo
com os objetivos organizacionais e seu planejamento estratégico. O potencial
desses recursos humanos não é medido apenas pelo número das pessoas envolvidas
no projeto, mas, principalmente, pelo seu nível de qualificação profissional. O
nível de qualificação se revela de acordo com a “aptidão” em fazer uso
produtivo dos recursos naturais e do capital. A utilização do uso produtivo dos
recursos humanos pressupõe a existência de uma base tecnológica autônoma, isto
é, entendendo, imaginando e assimilando um conjunto de conhecimentos relativos
a produção. Pressupõe ainda a existência de um contexto institucional que venha
a favorecer essa assimilação como também a sua plena e total aplicação dos
conhecimentos até então adquiridos. Nosso
planeta está extremamente carente de mão de obra qualificada. Sempre houve e
haverá escassez de recursos humanos em determinados setores e excesso em outros.
Freqüentemente, em alguns setores da economia e da produção, existem vagas para
empregados, entretanto, os candidatos não preenchem os pré-requisitos mínimos
exigidos pelo empregador no que se refere ao nível de escolaridade e de
experiência em uma determinada função. Muitas vezes a saída é a própria empresa
preparar e qualificar um funcionário internamente ou admitir e treinar um novo
empregado. O “X” da questão é como treinar, que deverá ser o “treinador”. Esse
possível “treinador” está qualificado para ser “treinador’? Nem sempre aquele
que sabe tudo sobre o serviço a ser ensinado é competente para transmitir um
conteúdo seja técnico ou não ao aprendiz. Maus treinadores costuma resultar em
maus aprendizes, maus profissionais, em trabalho mal feito. Desse modo o custo
de produção com as perdas havidas será elevado. Todos os supervisores devem ser
bons treinadores, bons professores, bons instrutores e para tanto deverão ser bem
preparados para o desempenho dessa nobre função. Lamentavelmente em nosso país
não existe consciência de que a implantação de um projeto ou de um plano
qualquer é tão importante quanto sua elaboração. Deveria haver sempre uma
estratégia toda envolvida na implementação de um planejamento. O mesmo podemos
dizer no que se refere ao acompanhamento durante e após sua implantação. Esse
acompanhamento implica em uma avaliação de todo o trabalho de implantação
realizado, que nos dirá se o planejado surtiu o resultado esperado ou não.
Podemos ainda afirmar que em muitas organizações não existe qualquer tipo de
planejamento e que o mesmo deve ser encarado como um processo de intervenção na
realidade sócio-econômica da instituição orientando qual a direção que deverá
ser seguida. Devo destacar ainda que a preparação e capacitação dos recursos
humanos deverá contar com as competentes participações de instituições
educacionais como Universidades Públicas ou Privadas e Universidades
Corporativas, através de seus Centros de Treinamentos.
Artigo inspirado em matéria do
Professor Doutor Tomás Szmrecsányi, Filósofo e Master of Arts em Economia pela
New Scool for Social Research (Nova York). As modificações introduzidas são de
minha responsabilidade.
Afifbittar.blogspot.com.br
Afif Bittar – Sociólogo –
Especialista em Psicologia Social – Consultor de empresas em Administração
Geral e em Recursos Humanos.
(25/02/10).
Nenhum comentário:
Postar um comentário