Mal iniciamos o século XXI e
vivemos como se ainda estivéssemos em plena Idade da Pedra. O preconceito e a intolerância estão na flor da pele de uma imensa parcela da
população de todo o Globo. Em todos
esses anos vividos muito pouco ou quase nada aprendemos sobre uma boa e harmoniosa
convivência com nossos semelhantes, sob o ponto de vista da tolerância, da conduta
amigável, do perdão, do respeito ao
próximo e a si mesmo e do amor incondicional. O que temos visto nos derradeiros
anos passados é desamor, um ódio incontido e sem fronteiras, com agressões
incontroláveis de grupos de indivíduos que mais se parecem com vândalos, feras
ou monstros ávidos por sangue. O preconceito
é fruto de uma opinião quer seja favorável ou não a alguém ou alguma coisa,
concebida anteriormente e sem que tenha havido um mínimo exame crítico. É uma
simples idéia, sentimento ou opinião desfavorável formada “à priori”, sem maior
conhecimento, ponderação ou razão. No fundo trata-se de uma opinião insensata e
de natureza hostil, assumida em conseqüência da generalização apressada de uma
experiência pessoal qualquer ou ainda imposta pelo meio. O preconceito pode ser
de ordem sexual, moral, religioso, de nacionalidade ou racial, de cor,
ideologia política, de idade ou ainda
cultural. Por sua vez a intolerância resulta
de uma intransigência com relação a
opiniões, atitudes, crenças, modos de ser que reprovamos ou julgamos falsos. É
ainda o comportamento daquele indivíduo que reprime através de coação ou do uso
da força as idéias que ele desaprova. Pessoas portadoras de preconceito e de
intolerância estão ao nosso redor e com as quais convivemos diariamente. Somos
vítimas desse gênero humano de ambos os sexos. Convém sabermos ainda que o
intolerante é extremamente inflexível em suas idéias, sendo, por isso mesmo,
rígido, não admitindo opiniões contrárias às suas e não aceitando opiniões divergentes. Disse aos
amigos leitores em artigos anteriores ter sido vítima de preconceito nesta
cidade quando do meu retorno a São João da Boa Vista no final do ano de 2001.
Fui vítima desse monstro por parte de uma parcela da imprensa escrita, de políticos
e autoridades municipais, de ambos os centros universitários, de empresas e
indústrias locais bem como da região. Confesso que hoje, após ter vivenciado
alguns constrangimentos moral e psicologicamente desconfortáveis, sou portador de uma total e absoluta intolerância,
sim, isso mesmo, intolerância, só que contra o preconceito. O preconceito
de que fui vítima foi o do medo da
mudança, do novo, do desconhecido, da concorrência, do crescimento e
desenvolvimento, da renovação e inovação de conceitos, processos e de novas
idéias. Esse preconceito foi
fomentado e repercutido por um político local e sua protegida que dirigia, na
época, um departamento importante na cidade.. O pior disso tudo é a violência
que o preconceito e a intolerância geram nas pessoas e na sociedade global com
um todo.
Marketing Cultural da Prefeitura Sanjoanense é 10.
Melhor dizendo, esse setor é 10preparado e 10qualificado para
exercer com competência suas funções
de informar e divulgar eficiente e eficazmente todas as atividades e ações do
departamento cultural de maneira que os projetos e programas culturais cheguem a tempo e a hora na maioria dos lares da nossa cidade e de cidades vizinhas. Creio que
o verdadeiro problema não esteja apenas nas restritas verbas para divulgação,
mas sim e principalmente na capacitação dos funcionários. Não deve existir uma
pesquisa das mídias locais e regionais que permita um planejamento para
divulgar os diferentes eventos da cidade aos diferentes públicos de São João e
região com suas preferências por este ou aquele gênero de programa cultural. Existe
verba para o carnaval, esportes, programas de rádio e TV para propaganda do
prefeito, mas não tem verba alguma para a saúde (que está um verdadeiro caos),
educação, cultura, sem falar nas ruas, avenidas e calças abandonadas. Com a
palavra o prefeito. Houve um evento às 6
horas da tarde com um pianista da cidade de Poços de Caldas. Belíssimo
artista, maravilhoso, um virtuose do piano. Esta atração ocorreu após a semana
em comemoração aos 96 anos do nosso teatro municipal. Este magnífico artista
que não registrei seu nome, é consagrado internacionalmente, com apresentações
nas cidades de Londres, Paris, Berlim, Roma entre outras e, entretanto, por não
ter sido convenientemente divulgado, seu espetáculo em nossa cidade teve apenas
meia dúzia de pessoas como público. Estes
e outros fatos negativos atestam a incompetência de áreas importantes da
administração municipal em prejuízo de toda a sociedade sanjoanense e da
região.
afifbittar.blogspot.com.br
Afif Bittar – Sociólogo –
Especialista em Psicologia Social – Consultor de empresas em Administração
Geral e em Recursos Humanos. (22/11/10).
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