Quando temos consciência de que
as diferenças individuais são boas costumamos dizer: Que bom! Você está vendo
esta situação de um jeito diferente, de um modo interessante. Ajude-me então a
entender como você e com você o seu ponto de vista. A importância de valorizar
as diferenças foi excelentemente registrada em uma belíssima fábula do educador
americano Dr. R. H. Reeves, denominada:
A Escola dos Bichos.
Era uma vez um grupo de animais
que decidiu fazer algo heróico para resolver os problemas de um “Novo Mundo”. E assim pensando
resolveram fundar uma escola. Adotaram um currículo de atividades que incluía
alpinismo, natação, corrida e vôo. Para tornar mais fácil a administração,
todos os animais deveriam participar de todos os cursos.
O pato era excelente em natação, na verdade melhor do que o próprio
professor e conseguiu boas notas em vôo, mas não se deu bem em corrida. Manteve
o esquema de treinamento até que seu “pé de pato” ficou machucado e ele, no
máximo, conseguiu nadar um pouco dentro da média, pois estava ferido. Como ele
estava de acordo com a média e, conforme o objetivo da escola, ninguém se
importou com o problema, exceto, claro, o próprio pato.
O coelho começou em primeiro lugar na aula de corrida. Infelizmente
sofreu um colapso nervoso em virtude das dificuldades havidas com as aulas de
natação.
O esquilo mostrou-se excelente em alpinismo, entretanto, ficou
tremendamente frustrado com as aulas de vôo, simplesmente por que o professor
exigia que o aluno começasse a voar do chão e não decolar do alto de uma
árvore. O pobre esquilo passou a sofrer cãibras em razão do excesso de esforço
físico. Por isso mesmo acabou tirando apenas nota “C” em alpinismo e nota “D”
em corrida.
A Águia era uma aluna problema, razão pela qual acabou sendo
castigada severamente. Na aula de alpinismo ela venceu todos os seus
concorrentes, porém, insistindo sempre na utilização das suas exclusivas
técnicas de águia.
No final do ano, uma cobra, exímia nadadora, muito boa
corredora, alpinista de valor e que até conseguia dar pequenos vôos, conseguiu
tirar a média mais alta de todo o grupo, tendo sido considerada a melhor aluna
da turma.
Os cachorros-do-mato fugiram da escola e não pagaram as
mensalidades tão somente porque a direção se recusou a incluir no currículo do
curso as matérias cavar e farejar. Os
próprios cachorros-do-mato ensinaram seus filhotes a latir e, mais tarde,
uniram-se aos porcos e tatus quando
então fundaram uma escola particular.
Nota: Pequenas alterações feitas
na fábula original são de minha inteira responsabilidade.
As pessoas realmente eficazes
costumam ter humildade e virtude para reconhecer suas limitações, bem como para
também reconhecer os imensos recursos disponíveis durante sua interação com os
corações e mentes de outros seres humanos. Estas pessoas valorizam as
diferenças porque, assim agindo, elas simplesmente acabam aumentando seu
conhecimento e compreensão da realidade do mundo a sua volta. Vivendo e
aprendendo.
Para pensar.
Existem dois lobos lutando nos corações dos homens e que são o amor e o ódio. Em toda e qualquer
luta em nossos corações sempre haverá um vencedor, não existem empates nunca
nesse tipo de luta. A pergunta que me vem à mente é a seguinte: Quem vencerá
esta luta travada no coração do ser humano? A resposta é muito simples: Vencerá
aquele que você alimentar mais. Depende exclusivamente de você.
afifbittar.blogspot.com.br
Afif Bittar – Sociólogo –
Especialista em Psicologia Social – Consultor de empresas em Administração
Geral e em Recursos Humanos.
(01/09/10).
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