Há dias atrás vi uma notícia na
televisão onde um repórter exibia uma ficha policial de um ladrão, ficha essa
com mais de 17 metros de comprimento. Uma larga carreira de sucesso que deveria
ter sido interrompida no seu início pela justiça do nosso país, caso este país
tivesse uma justiça que fizesse justiça e que justificasse seu nome, “Justiça”. Temos uma justiça que não
faz jus e nem merecedora do nome que carrega, pois ela, a justiça inexiste. A
polícia, com enormes dificuldades, consegue prender marginais extremamente
perigosos e, poucas horas depois, eles estão nas ruas colocando em sérios
riscos as vidas das pessoas, seus bens e patrimônios. Até quando? Todos sabemos
que a justiça está nas mãos dos poderosos e o pobre povo trabalhador e
contribuinte, este mesmo povo que paga os altos rendimentos das autoridades
vive marginalizado, escondido, morrendo
de medo e sendo assassinado, muitas vezes, por motivos fúteis. As pessoas não
têm direitos, elas apenas têm deveres. Infelizmente a justiça se transformou em
um rendoso negócio. Nossas leis necessitam ser mudadas muito rapidamente,
urgentemente mesmo, nossos legisladores devem rever e modificar esse arcaico
código de leis que apenas protege o bandido e não o cidadão de bem, trabalhador
e que paga seus régios soldos. Senhores legisladores, chega de sacanagem com o
povo. Temos exemplos de pessoas agredidas que dizem não sentir rancor nem raiva
de seus agressores e que confiam na justiça dos homens. Algum tempo depois
essas mesmas pessoas acabam vendo seus agressores em plena liberdade. Não nos
iludamos minha gente. Enquanto os marginais estão em liberdade, protegidos e
seguros nas ruas, nos seus palácios, nos órgãos públicos, nos governos
municipais, estaduais e federal, o desprotegido povo tem que se esconder nas
suas casas sem que possam desfrutar minimamente de qualquer proteção e
segurança. Chega de impunidade, basta ao conformismo. Nossa experiência com a
justiça é totalmente negativa. Não ao conformismo e à impunidade.
“A experiência é a primeira professora cruel, mas você aprende. Meu
Deus, e como aprende.”
Maestro João Carlos Martins.
Exemplo de vida, de determinação,
de luta, de obstinação, desprendimento, dedicação, empenho na busca de seus
objetivos. Foi uma escola de samba que levou para o sambódromo sua vida e sua
luta, reconhecendo seu incomensurável valor como brilhante artista, pianista,
concertista e maestro, aplaudido e reverenciado no exterior e pouco ou quase
nada reconhecido na sua própria terra. O grande público ficou conhecendo essa
figura grandiosa, magnânima e brilhante apenas quando a Escola de Samba Vai-Vai
contou sua vida em verso e prosa para uma multidão que cantou o samba, aplaudiu
e ovacionou em pé o emocionado maestro. Os grandes valores nacionais são mais
aplaudidos e exaltados fora do nosso país do que na sua própria terra. Este é o
caso do nosso querido João Carlos Martins. O grande maestro disse em uma de
suas entrevistas tão logo foi divulgado o resultado do concurso uma frase que
calou fundo em meu coração: “Só aprende
a multiplicar aquele que sabe dividir”. O nosso grande maestro dirige uma
ONG que trabalha com cerca de 1500 crianças carentes. Ele percorre o Brasil de
ponta a ponta garimpando gênios, artistas e trabalhando suas cabecinhas, seus dons
e valores, lapidando suas qualidades, encaminhando-os para desenvolverem-se
profissionalmente em cursos no exterior, projetando-os após essa lapidação,
fato que dificilmente ocorreria caso não existisse um patrono como essa ilustre
figura do nosso muito querido maestro João Carlos Marins. Por aí podemos
entender o sentido da sua frase:
SÓ APRENDE A MULTIPLICAR AQUELE QUE SABE DIVIDIR.
Obrigado maestro por seus exemplos de Vida e de Amor ao Próximo.
afifbittar.blogspot.com.br
Afif Bittar – Sociólogo –
Especialista em Psicologia Social – Consultor de empresas em Administração
Geral e em Recursos Humanos.
(10/03/11).
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