O sucesso ou o fracasso de uma
organização é medido pela forma como seus recursos humanos são geridos,
administrados e no quanto essas pessoas estão comprometidas com a empresa, o
quanto estão motivadas com aquilo que fazem. As pessoas, todas elas, dependem
dos estímulos que as organizações colocam à sua disposição. A moderna
administração traz em sua bagagem tecnologias que realmente permitem controlar
tudo ou quase tudo no que se refere ao aspecto operacional e tecnológico,
entretanto, essa mesma avançada e moderna administração, não consegue controlar
as variações do comportamento humano repleto de sentimentos, emoções, desejos,
fantasias e sonhos, que acabam sendo determinantes no desenvolvimento de suas
responsabilidades e do papel que exercem perante a organização com a qual essas
pessoas mantém um contrato de prestação de serviços. O velho e ainda
insubstituível método de treinamento utilizado TWI, nos idos de 1 950, utilizado pelos norte
americanos durante a segunda grande guerra mundial, em sua segunda fase,
Relações Humanas no Trabalho, diz que é muito mais fácil lidar com máquinas do
que com gente. Quando você recebe um novo equipamento no seu setor de trabalho,
ele vem acompanhado de um folheto explicativo orientado passo a passo sobre seu
funcionamento. O mesmo não ocorre quando um novo funcionário chega no seu
setor, ele não traz consigo um folheto dizendo como reage a determinados
estímulos. Muitas vezes chamamos nossos colaboradores de “parceiros” dos nossos
negócios, mas, no exato momento de compartilhar com ele os tais bons resultados
obtidos nos negócios, esquecemo-nos da tal parceria. É aí que se estabelece a verdadeira
fronteira das relações entre superior e subordinado, entre patrão e empregado. Vamos
analisar agora lgumas ferramentas gerenciais que conduzem à eficácia gerencial.
Liderança.
O mundo adora as histórias dos
grandes líderes, especialmente líderes morais. Pensem no Dr. Martin Luther King
Jr., em Madre Tereza de Calcutá e em Gandhi. Nós enaltecemos esses indivíduos e
celebramos suas realizações. Neles reconhecemos o ideal supremo da conduta
ética. Será? Não fazemos essa pergunta porque questionamos os valores de suas
condutas éticas, longe disso. Estamos questionando por que, ao longo de nossa
carreira, temos observado que líderes eficientes do mundo corporativo,
freqüentemente, rompem o elo entre a moralidade e o heroísmo público. Esses
homens e mulheres não são sublimes campeões do certo e do errado – e não
pretendem, e, na verdade, nunca pretenderam posarem de modelos e de verdadeiros
campeões do bem contra o mau. Nunca lideraram grandes cruzadas éticas. Eles se
movem paciente, cuidadosa, cautelosa e progressivamente. Corrigem ou evitam
toda sorte de erros no ambiente de trabalho sem nenhum estardalhaço e, em geral,
sem baixas. Nós os qualificamos de líderes discretos por que o são em grande
parte, sendo responsáveis por realizações extraordinárias. Como sabemos, muitos
dos grandes problemas só podem ser resolvidos por uma longa série de pequenos
esforços. A liderança discreta apesar do ritmo aparentemente lento não se
revela o caminho mais rápido para se fazer da empresa e do mundo um lugar
melhor.
Trecho extraído e modificado do
livro “Todos podem ser competentes na gestão de pessoas, inclusive você”, de
minha autoria em parceria com o Prof. Djalma Cholas. Obra ainda não publicada.
afifbittar.blogspot.com.br
Afif Bittar – Cientista Social –
Psicólogo Social – Consultor de empresas em Administração Geral e em Recursos
Humanos. (10/10/07)
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