Tom Peters, um dos mais
importantes e respeitáveis gurus dos séculos XX e XXI, diz que liderar é saber
como explorar os mananciais da motivação humana e também conhecer a base do
relacionamento com colegas. Pesquisas recentes demonstram que a liderança é um
conjunto de práticas que se pode observar e aprender, revelam os estudiosos
deste assunto, os professores James Kouzes e Barry Posner, da Tom Peters &
Posner Consultoria.
Será você um líder? Warren
Bennis, em seu livro “Como se tornar um líder”, diz que: “Os líderes são
pessoas com capacidade para se expressar plenamente. Elas também sabem o que
querem, por que querem e como se comunicar com os demais, a fim de obter
cooperação e o apoio deles”. Dentro dessa linha de pensamento de Warren Bennis,
para ser líder você deverá “malhar muito”, estudar muito, ter profundo
conhecimento técnico e administrativo dos trabalhos do seu setor e necessitará
ser respeitado profissionalmente por todos. Diz ainda o professor Warren Bennis que é impossível ser líder sem
saber mais que todos os outros. Entretanto
estas características exigidas para um líder nem sempre são encontradas nos
tradicionais “chefes e gerentes”, nossos velhos conhecidos. Muitas vezes estes tais
chefes e gerentes não possuem nem os conhecimentos técnicos e administrativos
rudimentares para o exercício do cargo, razões mais que suficientes para
inspirarem desconfiança nos seus subordinados e, mais que isso, desrespeito e
insubordinação. Neste caso seria demais querer exigir destes pobres coitados a habilidade, a capacidade e a competência para liderar. A liderança é exercida através da competência, do poder de persuasão e de influência.
Ela não é automática. Ela nasce de acordo com a situação, com o momento, com a
necessidade, razão pela qual é chamada de liderança
situacional. Surge em determinados momentos, é exercida, afasta-se,
recolhe-se temporariamente aguardando um outro momento para voltar a marcar sua
presença. Esta é, sem nenhuma dúvida, a forma mais moderna de liderança, a Liderança Situacional, de Paul Hersey e
Kenneth Blanchard. Sabemos perfeitamente que grande parte das empresas
neste planeta não contam em seus quadros com líderes e sim com meros chefes
cumpridores de ordens. São indivíduos que nada discutem e nada propõem. Barry
Woolf, do American Institute of Management & Development, elaborou uma
lista onde mostra com uma competente clareza a diferença entre chefe e líder:
- O chefe
conduz as pessoas, o líder aconselha;
- O chefe inspira
medo, o líder, entusiasmo;
- O chefe diz
“eu”, o líder, “nós”;
- O chefe se
preocupa com coisas, o líder, com pessoas;
- O chefe
colhe os louros, o líder os distribui;
- O chefe
enxerga o “hoje”, o líder contempla o “amanhã”.
O líder possui um extraordinário
poder de atrair seguidores. Sabemos que a maioria das pessoas seguiria um líder
que fosse honesto, leal, verdadeiro, competente, inspirador, habilidoso na arte
da comunicação, antecipador de fatos e de acontecimentos, que possua a
capacidade de planejar ações futuras e prever resultados. Estas qualidades
todas não são inatas, elas todas podem e devem ser desenvolvidas através de
programas específicos de treinamento e desenvolvimento de talentos.
afifbittar.blospot.com.br
Afif Bittar – Cientista Social –
Psicólogo Social – Consultor de empresas em Administração Geral e em Recursos
Humanos. (29/10/07). Artigo extraído e
modificado do livro “Todos podem ser competentes na gestão de pessoas,
inclusive você”, de minha autoria em parceria com o professor Djalma Cholas. Obra
ainda não publicada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário