domingo, 10 de fevereiro de 2013

Você está estressado, pifado? O que fazer? III


Os médicos otimizaram certos preceitos na tentativa de organizar uma metodologia no tratamento de casos de estresse com o objetivo de detectar e eliminar esse gravíssimo problema dos nossos tempos. De acordo com os meios acadêmicos médicos brasileiros eliminar totalmente o “stress” é impossível, principalmente em um país como o nosso, onde a política econômica e as condições socioculturais são fontes poderosíssimas de “stress” contínuo. A economia pode até ir bem, contudo o povo não vai nada bem, onde as doenças provocadas pela miséria matam a cada hora, a cada momento, um elevado número de cidadãos brasileiros, onde o número de natimortos ainda é muito grande em razão da péssima assistência, melhor dizendo, da desassistência às pessoas de baixa renda, da também péssima estrutura de assistência médica e hospitalar fornecida pelo poder público. Desse modo o que uma boa situação econômica do Brasil poderia fazer pelo trabalhador brasileiro? Retornando ao problema inicial que é o “stress”, veremos que os especialistas o dividem em três fases. Na primeira fase chamada de alerta ou alarme o indivíduo entra em contato com sua fonte estressora. Nesta fase ele sente os seguintes sintomas: transpiração excessiva nas mãos, aumento da freqüência cardíaca, aumento da freqüência respiratória e dores de cabeça. O indivíduo perde o equilíbrio interno à medida que se prepara para enfrentar a situação à qual necessita se adaptar. As sensações desagradáveis do panorama são necessárias para que ele tenha condições de reagir à situação. Nas fases posteriores o desenvolvimento do “stress” irá apresentar diferentes variações de acordo com as características de cada pessoa. A segunda fase é a mais séria por se tratar da resistência. É quando o organismo procura se recuperar do problema. O indivíduo perde muita energia desnecessária, o que, de certa forma, provoca um excessivo cansaço, além de causar dúvidas e esquecimento de datas, fisionomias, nomes, detalhes etc. Nesta fase é extremamente importante que a pessoa procure urgentemente auxílio a fim de gerenciar seu “stress”, já que ainda está na fase inicial e recuperável. Haverá resistência através da adaptação ou da eliminação dos estressores, readquirindo dessa maneira o equilíbrio. A terceira e última fase é a da exaustão. Quando a exaustão chega já não se consegue mais adquirir uma harmonia interna equilibrada desejável. Neste momento ocorre um sério comprometimento físico na forma de gastrites, úlceras, enxaquecas, diversas somatizações muito sérias como hipertensão, doenças cardiovasculares, de pele, gengivas e dentes. Além do comprometimento físico, quando não tratado, o “stress” pode se transformar em alterações emocionais muito perigosas, provocando, inclusive, uma depressão profunda em pessoas que já apresentaram um quadro clínico favorável a esse tipo de problema.
Fonte: Revista Medicina Social. Fiz alterações pelas quais sou responsável.
afifbittar.blogspot.com.br

Afif Bittar – Sociólogo – Especialista em Psicologia Social – Consultor de empresas em Administração Geral e em Recursos Humanos.  ( 10/12/09).

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