O comprometimento com a
qualidade nasce da conscientização
individual trabalhada em grupo, onde cada membro sente-se importante como parte
do todo. As empresas, organizações, entidades, instituições, não importa o
nome pelo qual são chamadas, não necessitam de “servos”, elas são carentes de
pessoas que “planejem, pensem, comuniquem,
incentivem, motivem, treinem, opinem, negociem, façam, dialoguem etc.”
sobre todas as possibilidades que possam existir para realizar de formas ou
maneiras diferentes uma mesma atividade ou trabalho sem perda da qualidade e de
acordo com prazos estabelecidos. É esperado ainda que as pessoas utilizem sua “criatividade” colocando-a em prática.
Ninguém melhor do que as pessoas que realizam um trabalho para sugerir mudanças
e melhorias nas suas atividades, pois elas estão envolvidas e comprometidas com
os trabalhos que executam. Na maioria das equipes a energia dos seus membros
atua individualmente. Se fôssemos criar uma figura dessa equipe como um
conjunto de indivíduos com diferentes graus de “poder pessoal”, isto é, com
capacidade de obter resultados pretendidos, iríamos ver os membros dessa equipe
orientados em diferentes direções na vida, seriam pessoas completamente
perdidas em um labirinto sem saber que direção tomar. A característica
fundamental das equipes pouco alinhadas é a de uma grande perda de energia,
gerando, ao final de um dia de trabalho, um enorme desgaste mental e
psicológico e, ao mesmo tempo, causando inevitavelmente atritos entre os
membros do grupo. As pessoas podem até trabalharem com afinco, contudo, seus
esforços isolados não são transmitidos e transferidos para o trabalho em si e,
obviamente, nem para o resultado do grupo. Quando uma equipe se torna alinhada surge uma direção única para direcionar as
energias individuais, energias estas que se harmonizam e que resultam em perdas
menores. Esta energia acaba se
transformando em uma sinergia de
todo o grupo, podendo ser comparada com uma luz coesa de um laser no lugar da luz difusa de uma lâmpada comum. Aqui, neste caso, todos trabalham
buscando atingir um único objetivo. Todos
caminham na mesma direção, não estão perdidos em nenhum labirinto como se
fossem um amontoado de pessoas sem objetivo Aprendizado em grupo é um processo de alinhamento, desenvolvimento
e amadurecimento dos seus componentes em criar os resultados que seus membros
realmente desejam tendo em mente atingir um objetivo comum. O grupo se
desenvolve a partir desse objetivo comum e, principalmente, em razão do talento
dos seus membros e, especialmente da sua liderança. Entretanto objetivo e
talento não são suficientes. O planeta está repleto de indivíduos talentosos
que compartilham objetivos comuns por determinado tempo e, contudo, não
conseguem realizar suas missões de maneira satisfatória. Esses indivíduos estão
inseridos em grupos que não passam de amontoados de pessoas. Nunca foi tão
necessário quanto agora implementar um programa de aprendizado em grupo nas
organizações. A participação é o fator
primordial e essencial na motivação de
uma pessoa ou de um grupo. Os sentimentos de “fazer parte, tomar parte e ter parte” estão sempre presentes em
nossas ações quando nos socializamos, quer na família, na empresa, na
comunidade, na escola, na igreja, no grupo de amigos, no lazer, na prática
esportiva. Quando estimulamos os sentimentos de pertencer a um grupo, seja ele qual for, estar presente e construindo o sucesso do seu grupo, sentindo-se
responsável por uma parcela de participação/contribuição
nesse processo, estamos criando condições favoráveis para que as mudanças
aconteçam/ocorram, bem como pela sustentação das mudanças já implementadas. Fazer Parte: Sentimento que as pessoas
têm de pertencer a um grupo, organização, nação, religião, clube etc. Tomar Parte: Ato ou ação de tomar
parte, de construir alguma coisa, decidir caminhos e destinos a serem tomados,
estar presente em reuniões que decidam sobre momentos importantes nas vidas das
pessoas, de um grupo, de uma organização, sociedade, religião, nação etc. Ter Parte: Sentimento de realização
pessoal decorrente do aproveitamento da contribuição individual em benefício do
grupo, nação, organização, sociedade etc. Este reconhecimento não se traduz,
necessariamente, em vantagem monetária ou material, contudo, preenche as
necessidades de participação e reconhecimento próprios da natureza humana. A
criação de condições de mudança de
estilo gerencial, estrutura e sistema organizacional propicia um ambiente
em que a motivação e a participação são
geradas pelos próprios indivíduos. Vejamos algumas vantagens da participação: Resolve Problemas difíceis de serem
equacionados individualmente; Gera
Comprometimento com soluções geradas durante a participação dos membros do grupo uma vez que todos deram suas
contribuições; Prepara quadros de
liderança para a empresa; Abre Caminhos para
a realização pessoal e profissional. A participação possui duas bases
complementares: a) Base Afetiva: acontece
quando o indivíduo sente prazer em realizar atividades com outras ressoas, isto
é, trabalhar em grupo. b) Base Técnica: ocorre
no momento em que a pessoa entende que o trabalho realizado com outras pessoas
é muito mais eficaz e eficiente do que realizado individualmente, donde podemos
concluir que exercer uma liderança
coerente, delegar corretamente e permitir a participação das pessoas no
trabalho em grupo, em equipe, irá permitir a obtenção de melhores resultados do
que quando se trabalha individualmente, isoladamente. Para que isso ocorra, as
técnicas deverão ser usadas todas no seu conjunto. Deve-se ainda valorizar as
diferenças individuais para que se obtenha o melhor de cada pessoa. Quando
percebemos que as diferenças são boas e úteis devemos dizer: “Que bom, ótimo
que você vê esta situação de outro jeito! Ajude-me a entendê-lo do seu jeito, como
você estende.” Vejamos agora quais são OS
NOVE INGREDIENTES DE UM LÍDER: 1) Humildade para reconhecer seus limites e
pontos fracos; 2) Habilidade para atrair parceiros e realizar atividades
produtivas a partir destas descobertas; 3) Humor para enfrentar os erros que fatalmente
ocorrerão com você; 4) Honestidade e imparcialidade para avaliar os resultados;
5) Atenção para detectar talentos e descobrir os motivos que levam as pessoas a
agirem; 6) Abstenção do controle exagerado e do excessivo direcionamento das
ações; 7) Aplausos e recompensas para os acertos; 8) Abertura da mente para
descobrir, aceitar e adotar caminhos alternativos; 9) Humildade em todas as
ações. afifbittar.blogspot.co.br
Afif Bittar – Sociólogo
– Especialista em Psicologia Social – Consultor de empresas em Administração
Geral e em Recursos Humanos. (31/03/12).
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