Uma importante ferramenta de estratégia de administração seja
do tempo, seja de pessoas, é a “delegação de poderes”, que consiste
em passar uma atividade específica que é sua para um determinado colaborador.
Quando delegamos poderes ao “tempo” estamos pensando em eficácia e quando
delegamos poderes às “pessoas” estamos pensando em eficiência. Muitas pessoas se
recusam em delegar poderes a outras pessoas por acreditarem que leva muito
tempo, dá muito trabalho e pensam que podem fazer todo o serviço sozinhas.
Existe ainda aquele indivíduo que acredita que até a mais simples atividade,
como o preenchimento de um simples formulário, somente será bem feito se ele
próprio o fizer. Contudo, delegar poderes é, provavelmente, a atividade
do mais alto nível e mais poderosa que existe. Transferir as responsabilidades pela
realização de uma atividade para uma pessoa especialmente treinada e capacitada
para realizar aquele trabalho permite que você concentre suas energias em outra
atividade mais importante e de nível mais elevado. A delegação de poderes
significa crescimento e desenvolvimento tanto para as organizações quanto para
as pessoas. Um trabalhador qualquer que seja pode investir uma hora do seu
esforço para produzir uma unidade de um artigo qualquer, presumindo-se que não
houve perda de eficácia. Lembre-se que a responsabilidade final pela tarefa que
foi delegada por você ao seu colaborador será sempre, e para todos os efeitos,
sua e de mais ninguém, pois ela consta da descrição do seu cargo. Já, um
administrador, por outro lado, pode investir uma hora do seu esforço e produzir
dez ou até cinqüenta unidades desse mesmo artigo, por meio da delegação eficaz
de poderes. A administração cuida essencialmente de mover o objeto de posição.
A chave para a administração eficaz é a delegação de poderes. Existem dois
tipos de delegação: “delegação restrita”
e “delegação administrativa”. A
delegação restrita ordena: “Faça
isso, faça aquilo, vá até ali, volte
e diga o que foi feito”. Grande
parte das pessoas que é apenas produtora possui o paradigma da delegação
restrita de poderes. Nestes casos as pessoas não estão delegando coisa alguma,
nada mesmo. Por outro lado a delegação
administrativa está focada nos resultados e não nos métodos. Ela dá às
pessoas a oportunidade de escolher o método e as tornam mais responsáveis pelos
resultados. No início toma mais tempo, porém é um tempo muito bem empregado.
Por intermédio da delegação você consegue despertar nas pessoas a motivação visando
a aprendizagem de novos serviços, o que
significa crescimento profissional.
Oportunamente falaremos sobre os
resultados desejados quando mostraremos como fazer o uso correto da delegação
de poderes, ou seja, da chave para uma eficaz administração.
Artigo extraído e modificado do
livro “Todos podem ser competentes na gestão de pessoas, inclusive você”, de
minha autoria em parceria com o professor Djalma Cholas.
afifbittar.blogspot.com.br
Afif Bittar – Sociólogo –
Especialista em Psicologia Social – Consultor de empresas em Administração
Geral e em Recursos Humanos. (07/11/07)
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