quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Comunicação.


Uma das minhas maiores preocupações é a comunicação entre as pessoas, não só pelo fato de responder por 80 a 90% (oitenta a noventa por cento) dos problemas existentes no planeta, mas também por ser ela o verdadeiro e único  recurso que o ser humano tem e que pode levar povos e nações a um legítimo processo de entendimento e de paz. No entanto sua destemperada utilização emocional e nada racional está conduzindo pessoas, povos e nações a desentendimentos, intrigas, fofocas, conflitos e fraticidas guerras sangrentas, cujas conseqüências todos sabemos por vivermos em uma aldeia totalmente globalizada.  As ocorrências e fatos deste planeta global circulam o mundo via satélite em segundos, colocando-nos a par do que ocorre em nossa aldeia. A comunicação é uma ferramenta essencial utilizada nas relações interpessoais, contudo, são pouquíssimas as pessoas que dela se utilizam com sabedoria e correção, seja no trabalho, na família, no clube, no lazer, na igreja. Problemas de relacionamento interpessoal, de baixa produção ou de qualidade pobre no trabalho, indisciplina no emprego ou no lar são gerados, na maioria das vezes, por falhas ou por total ausência das comunicações.Existem pais que não se comunicam com seus filhos, chefes que falam com subordinados. Países são invadidos e guerras são declaradas por falta de comunicação ou pela megalomania de alguns líderes totalitários. Não havendo diálogo, não há comunicação e, conseqüentemente, não haverá o necessário entendimento. Em um diálogo sempre ocorrerá discussão e desentendimento por serem salutares e necessários na busca do entendimento, do esclarecimento, tentando do melhor modo, isto é, pacificamente uma solução para o problema.   Nossa pobre e ao mesmo tempo rica língua portuguesa é freqüentemente maltratada nas novelas da Rede Globo, nos telejornais, nas publicidades das TVs, em revistas e jornais bem como nas letras das músicas gravadas e reproduzidas  pelas emissoras  em todo o Brasil. Temos obrigação de falar e escrever corretamente nossa língua materna, cuidando da concordância gramatical, verbal, de gênero, número e grau, bem como da acentuação tônica e gráfica e da correção ortográfica. Ao ler um jornal ou uma revista você nota erros incríveis. Todo órgão informativo e formador de opinião tem o dever de informar corretamente dizendo a verdade. Informar corretamente significa também falar e escrever com correção. Você aprende a falar e escrever corretamente quando lê bons livros, revistas e jornais bem produzidos e escritos.  Desse modo contribuímos para que as pessoas aprendam a ler, falar e escrever corretamente. Não sou e nem tenho pretensão de ser professor de português, cometo meus erros e minhas gafes, porém tenho a humildade de reconhecê-los, corrigindo-me. Como todo cidadão eu tenho obrigação de comunicar-me com acerto em sinal de respeito pela nossa maltratada língua e pelos leitores. Certa vez conversando com um político da cidade disse-me ele que sua preocupação era a mesma que a minha, a comunicação. Como sabemos a comunicação é uma estrada de duas mãos de direção e, para que ela se complete tem que haver o “feedback”, o retorno. Não ocorrendo o “feedback” nunca se consumará o processo de comunicação. Sem diálogo não haverá nunca a esperada comunicação.

Afif Bittar – Sociólogo – Especialista em Psicologia Social – Consultor de Empresas em Administração Geral e em Recursos Humanos.  (21/01/07)

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