A palavra achologia nos sugere um grande NÃO à administração baseada no “acho isso, acho
aquilo”. A “administração do eu acho”, baseada em suposições,
ou até em superstições, é totalmente negativa e tem levado pessoas a cometerem
muitos erros, causando sérios desgastes e prejuízos a si mesmas e às empresas
em que trabalham. A “administração do eu acho”
faz as pessoas trabalharem bem mais arduamente e muito menos inteligentemente. Agindo assim, o
resultado não poderia ser outro: pior qualidade, menor produtividade e maiores custos. Trabalhar arduamente é muito importante,
mas não é suficiente porque nem sempre é inteligente. Devemos centrar todo
nosso esforço no sentido de atingirmos os objetivos estabelecidos pela empresa.
Para que isso ocorra, é necessário utilizar recursos humanos, materiais,
tecnológicos e financeiros adequados à consecução dos objetivos estabelecidos.
Isso equivale dizer que precisamos estar em um estado de autocontrole e ter conhecimento
científico. Estas são as condições básicas para que o resultado do nosso
trabalho tenha conhecimento. Estar em
autocontrole significa saber o que
deve ser feito, saber avaliar o que foi feito e saber tomar ações corretivas,
de forma a eliminar distorções entre o resultado obtido e o pretendido com
autoridade e habilidade. Simples, não é mesmo? Não! Muitas pessoas, por falta
de treinamento adequado e de conhecimentos, não sabem o que deve ser feito.
Outras “acham” que sabem, ou sabem parcialmente. Existem pessoas que,
embora tenham sido treinadas e possuam um razoável nível de conhecimento, não
conseguem fazer um bom trabalho por falta de um padrão (referência a ser seguida)
atualizado. Existem situações em que sabemos o que deve ser feito, mas não
sabemos avaliar o resultado. Avaliar resultados é uma tarefa básica na busca de melhores resultados. Nesta fase, a “achologia”
tem sido uma característica típica em muitas empresas. “Acha-se” muita coisa e
encontra-se muito pouco! Isto ocorre por falta de conhecimento e, neste caso, a avaliação é incorreta, posto que se
ataca o efeito pensando estar
atacando a causa, e os desperdícios tornam-se uma constantes. Autores consagrados
na área da qualidade costumam dizer que a rentabilidade das empresas
poderia ser de 30 a 40% maior, não fossem os problemas causados pelos desperdícios. Muitas dessas
perdas são provocadas por ações incorretas, frutos de más avaliações. Não basta
apenas detectar o problema, o mais importante são as ações corretivas tomadas a
tempo e a hora a fim de eliminá-lo. Dissemos que para a correta avaliação de um
processo é necessário conhecimento científico. Este
conhecimento existirá quando: a) houver evidência baseada em dados e fatos; b) houver previsibilidade
de resultados; c) houver um grau de certeza / probabilidade associado a essa
previsibilidade. Administrar com pessoas em auto
controle e com conhecimento científico é a garantia para se atingir a eficácia
ou a excelência empresarial. Só assim teremos Qualidade, Produtividade, Baixos Custos e Competitividade. Vamos
dizer não à achologia!
Vale a pena recordar as palavras de Lord Kelvin:
“Quando alguém pode medir o que está falando e expressá-lo em números,
significa que esse alguém conhece algo sobre o assunto; mas quando essa pessoa
não pode medir nem expressar em números o que fala, seu conhecimento é pobre e insatisfatório;
pode ser o início do conhecimento, mas dificilmente suas idéias terão alcançado
o estágio de ciência, mesmo que o assunto seja científico”.
Texto
de autoria desconhecida. Foram feitas adaptações e alterações na sua apresentação.
Afif Bittar – Sociólogo – Especialista em Psicologia Social. Consultor
de empresas em Administração Geral e em Recursos Humanos. (16/07/99).
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