quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

A Violência no Trabalho. II


Vamos procurar identificar chefes brutais doentios que cruzam nossos caminhos a todo instante, seja na rua, no supermercado, no cinema, nos aeroportos, metrôs, e restaurantes, como também nas estações rodoferroviárias. Veja algumas características e traços principais de suas personalidades:
Controlador. Não confia em ninguém. A priori está convencido que todos os subordinados são incompetentes e nada bons como ele. A sua palavra é sempre a última. Não permite nenhuma iniciativa de ninguém. Não disfarça esse seu modo de pensar dizendo o que bem entende na frente de todos, exceto quando seu superior estiver presente.
Dominador. Desconhece o que seja liderar. Ser chefe é dar ordens, impor sua vontade e exigir obediência. As pessoas são meros objetos que estão a sua disposição.
Inflexível. Não admite erros. Sua conduta e opinião são inflexíveis, salvo por sua própria decisão. Não ouve argumentos contrários. Não tolera mudanças nas suas ordens mesmo que positivas. Persiste nos erros sendo demovido apenas por decisão de seus superiores.
Obscuro. Não tem interesse ou não consegue treinar seus subordinados nas suas tarefas diárias. Diz que deseja as coisa desse ou daquele modo, entretanto, é incapaz de demonstrar na prática como executar suas ordens.
Agressivo. Não consegue se controlar. Sua agressividade é muito mal canalizada não sendo dirigida para atividades produtivas. Sempre acerta o alvo quando se trata do subordinado. Na presença do seu superior a “fera se transforma em cordeiro”.
Teimoso. Nada receptivo a influências externas. O diálogo com essa pessoa é muito difícil, nunca dá o braço a torcer por melhores que sejam os argumentos do seu subordinado. Seus diálogos sempre terminam assim: “Quero que seja desse modo e ponto final”.
Autoritário. Este indivíduo não sabe pedir ou solicitar “por favor”. Ele manda, não pede. “Faça isso. Me traga aquilo. Venha cá. Vá lá”.
Manipulador. Usa os subordinados para atingir seus objetivos pessoais servindo-se de sua autoridade para tanto. Costuma jogar as pessoas umas contra as outras, aproveitando-se dos seus defeitos, levando-as a satisfazer seus desejos, entretanto nunca assumindo sua responsabilidade.
Poderoso. Todo chefe possui certo poder concedido pelo cargo. Quanto maior for o cargo mais poderoso será ele. Quanto maior for o cargo do chefe brutal maior será o seu poder. Ele usa esse poder de forma perversa e destruidora. Não cria sucessores, não é capaz de contribuir para o crescimento profissional de alguém. Quando sai da empresa não deixa sucessor.
Sem Graça. Não possui nenhum senso de humor. Não entende e não aceita brincadeiras. Sua idéia mais próxima do humor é o sarcasmo. Suas brincadeiras acontecem com a intenção de humilhar as pessoas a fim de apontar suas fraquezas.
Insensível. Desprovido da capacidade de percepção sobre desejos e necessidades das pessoas. Não se interessa pela vida dos seus subordinados, não sabe o que significa solidariedade e não tem nenhuma consideração com quem quer que seja. Seu grau de compaixão é mínimo ou inexistente. Não costuma ser permeável à justiça ou à gratidão.
Não sabe Ouvir. É péssimo ouvinte. Gosta de ouvir a própria voz. Totalmente bloqueado, nunca ouve o que os subordinados têm a dizer.
Inseguro. Sempre na defensiva e desconfiado. Sempre pronto para represálias.
Desagregador. A união do time não lhe convém já que todos podem se juntar e se voltar contra ele.
Mal Resolvido. Demonstra ser alguém que vive mal consigo mesmo. Não é feliz. Não se conhece.

Na próxima edição estarei concluindo este assunto.
Inspirado e modificado em artigo de Maria Amalia Bernardi intitulado: Chefes Brutais.
Afif Bittar – Cientista Social – Especialista em Psicologia Social – Consultor de empresas em Administração Geral e em Recursos Humanos.  (08/01/10). 

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