Vamos procurar identificar chefes
brutais doentios que cruzam nossos caminhos a todo instante, seja na rua, no
supermercado, no cinema, nos aeroportos, metrôs, e restaurantes, como também nas
estações rodoferroviárias. Veja algumas características e traços principais de
suas personalidades:
Controlador. Não confia em ninguém. A priori está convencido que
todos os subordinados são incompetentes e nada bons como ele. A sua palavra é
sempre a última. Não permite nenhuma iniciativa de ninguém. Não disfarça esse
seu modo de pensar dizendo o que bem entende na frente de todos, exceto quando
seu superior estiver presente.
Dominador. Desconhece o que seja liderar. Ser chefe é dar ordens,
impor sua vontade e exigir obediência. As pessoas são meros objetos que estão a
sua disposição.
Inflexível. Não admite erros. Sua conduta e opinião são
inflexíveis, salvo por sua própria decisão. Não ouve argumentos contrários. Não
tolera mudanças nas suas ordens mesmo que positivas. Persiste nos erros sendo
demovido apenas por decisão de seus superiores.
Obscuro. Não tem interesse ou não consegue treinar seus
subordinados nas suas tarefas diárias. Diz que deseja as coisa desse ou daquele
modo, entretanto, é incapaz de demonstrar na prática como executar suas ordens.
Agressivo. Não consegue se controlar. Sua agressividade é muito mal
canalizada não sendo dirigida para atividades produtivas. Sempre acerta o alvo
quando se trata do subordinado. Na presença do seu superior a “fera se
transforma em cordeiro”.
Teimoso. Nada receptivo a influências externas. O diálogo com essa
pessoa é muito difícil, nunca dá o braço a torcer por melhores que sejam os
argumentos do seu subordinado. Seus diálogos sempre terminam assim: “Quero que
seja desse modo e ponto final”.
Autoritário. Este indivíduo não sabe pedir ou solicitar “por favor”.
Ele manda, não pede. “Faça isso. Me traga aquilo. Venha cá. Vá lá”.
Manipulador. Usa os subordinados para atingir seus objetivos
pessoais servindo-se de sua autoridade para tanto. Costuma jogar as pessoas
umas contra as outras, aproveitando-se dos seus defeitos, levando-as a
satisfazer seus desejos, entretanto nunca assumindo sua responsabilidade.
Poderoso. Todo chefe possui certo poder concedido pelo cargo.
Quanto maior for o cargo mais poderoso será ele. Quanto maior for o cargo do
chefe brutal maior será o seu poder. Ele usa esse poder de forma perversa e
destruidora. Não cria sucessores, não é capaz de contribuir para o crescimento
profissional de alguém. Quando sai da empresa não deixa sucessor.
Sem Graça. Não possui nenhum senso de humor. Não entende e não
aceita brincadeiras. Sua idéia mais próxima do humor é o sarcasmo. Suas
brincadeiras acontecem com a intenção de humilhar as pessoas a fim de apontar
suas fraquezas.
Insensível. Desprovido da capacidade de percepção sobre desejos e
necessidades das pessoas. Não se interessa pela vida dos seus subordinados, não
sabe o que significa solidariedade e não tem nenhuma consideração com quem quer
que seja. Seu grau de compaixão é mínimo ou inexistente. Não costuma ser
permeável à justiça ou à gratidão.
Não sabe Ouvir. É péssimo ouvinte. Gosta de ouvir a própria voz. Totalmente
bloqueado, nunca ouve o que os subordinados têm a dizer.
Inseguro. Sempre na defensiva e desconfiado. Sempre pronto para
represálias.
Desagregador. A união do time não lhe convém já que todos podem se
juntar e se voltar contra ele.
Mal Resolvido. Demonstra ser alguém que vive mal consigo mesmo. Não
é feliz. Não se conhece.
Na próxima edição estarei
concluindo este assunto.
Inspirado e modificado em artigo
de Maria Amalia Bernardi intitulado: Chefes Brutais.
Afif Bittar – Cientista Social –
Especialista em Psicologia Social – Consultor de empresas em Administração
Geral e em Recursos Humanos. (08/01/10).
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