A pior violência que hoje em dia atinge
uma grande maioria de trabalhadores é sem dúvida a psicológica. Muitas vezes essa violência se apresenta de maneira
velada e subliminar. Existe a violência física e a psicológica e ambas competem
como que desejando saber qual é pior que a outra. A crueldade mental de
determinados chefes no que toca aos seus subordinados é sempre pouco ou quase
nunca visível e, por isso mesmo, muito difícil e complicado de se resolver. Em
outras palavras, trata-se de um problema de difícil solução. Esse tipo de
violência, de agressão, quase nunca deixa impressões digitais do agressor. Os
estragos causados na sua vítima, indefesa, sem a mínima proteção de quem quer
que seja são enormes na sua alma, na sua auto estima, na sua confiança, no seu
amor próprio. O estrago na infeliz vítima é tamanho que os danos causados são
irremediáveis chegando a desencadear um terrível processo de depressão. Essas
pobres e infelizes criaturas vítimas de violência psicológica preferem não falar
sobre seu drama quer com colegas de trabalho, quer com os superiores do seu
chefe. O chefe do chefe tem poder para coibir comportamento tão perverso desse mau
chefe. A razão do silêncio da vítima reside no medo da perda do emprego. Esse
tipo de comportamento do funcionário colabora com o comportamento perverso do
opressor, incentivando-o a continuar agindo da maneira cruel como vem
procedendo. Este é o “X” da questão. A situação é ruim e a pessoa não tem como
se livrar dela. O funcionário não pode se dar ao luxo de perder o emprego e,
por isso esse motivo acaba suportando em silêncio as maldades do chefe canalha.
Nos transporte coletivos, ônibus, trens, metrôs, aviões, lojas, ruas,
restaurantes e cinemas, algumas vítimas de atitudes incivilizadas chegam a
reclamar dos abusos exigindo ser tratadas com respeito ameaçando retirar-se do
local caso não sejam atendidas em sua pretensão. Entretanto no trabalho a
situação é muito diferente. Não importa o tamanho da empresa, não importa o
setor em que trabalhe, não importa a nacionalidade ou a religião dos
funcionários. Sabe-se que o desrespeito, a crueldade e a violência estão em
todo lugar. Muitas vezes bastam apenas duas pessoas no ambiente de trabalho,
chefe e subordinado, para que surja um caso de brutalidade psicológica. Casos
de violência psicológica no trabalho estão crescendo nos Estados Unidos, no
Brasil, em todo o planeta e como sabemos são extremamente maléficos para a
saúde física e mental das pessoas, suas potenciais vítimas. A ação do chefe brutal
pode ocorrer de maneiras diferentes, dependendo do seu estilo de agir, do seu
poder e do grau de suas neuroses. Pode-se perceber facilmente quando se está
frente a frente com uma pessoa com esse tipo de comportamento, especialmente
quando você é a sua vítima.
Inspirado e modificado em artigo
de Maria Amalia Bernardi intitulado: Chefes
Brutais.
Cuidado com a comunicação e informação que você recebe e consome.
Duvide, questione, conteste. Selecione a fonte de comunicação. As fontes
oficiais são a menos confiáveis. Você só aprende quando duvida da informação e
do conteúdo que recebe. Discuta a fim de aprender.
Afif Bittar – Cientista Social –
Especialista em Psicologia Social – Consultor de empresas em Administração
Geral e em Recursos Humanos. (08/01/10).
Nenhum comentário:
Postar um comentário