“O verdadeiro objetivo da guerra
é a paz”. Esta frase dá início à obra de Sun Tzu, um poderoso general e
filósofo chinês que viveu no século IV a.C. Para o ex-presidente Bush dos Estados
Unidos da América esta frase não tem o mesmo significado. Imagino que para Bush
o sentido da guerra deva ser pela própria guerra, especialmente para o comércio
de armas.
A Arte da Guerra, de Sun Tzu,
Editora Martin Claret, S. P., 2002, visa explorar o campo das guerras,
entretanto, sua leitura tem exercido fortíssima influência no pensamento e nas
ações de pessoas e de corporações ao redor de todo o planeta. Empresas grandes
e pequenas fazem uso das estratégias do general e filósofo chinês. Temos que considerar
ainda que esta magnífica obra foi idealizada e concretizada no século IV antes
de Cristo, há mais de 2516 anos. Sua influência perdura até os dias de hoje.
Vou destacar algumas preciosidades desta obra: - “Aparente inferioridade e provoque a arrogância do adversário. Evite
o inimigo onde ele se mostrar forte. Em alguns casos, provoque discórdias entre
o soberano e os seus ministros; noutros, separai-o de seus aliados. Force-os a
suspeitar uns dos outros e a se desunirem para que possais conspirar contra
eles. É obrigação do general manter-se sereno e inescrutável, imparcial e com
autodomínio”.
Líderes políticos durante suas
campanhas eleitorais, muitas vezes desorientados, perplexos, sem rumo, correm
desesperadamente em busca de apoios e de culpados, elegendo seus “bodes expiatórios” para justificar o
injustificável, isto é, suas próprias culpas e seus próprios erros.Veja se
existe algo em comum entre as palavras de Sun Tzu e as práticas dos políticos
tupiniquins.
Os “sábios e espertíssimos” políticos brasileiros juntamente com seus
marqueteiros devem ter lido e se utilizado das magníficas lições do filósofo e
mestre da guerra, adaptando e aplicando seu conteúdo nas suas batalhas pelo
poder. Conseguiram driblar as leis elaboradas por eles mesmos, enganando seus
eleitores, oportunidade em que muitos corruptos e ladrões confessos conseguiram
se reeleger. Arnaldo Jabor, colunista político, cineasta e escritor classificou
tais atitudes, com muita propriedade, como sendo “pornopolítica”. Para Arnaldo Jabor a pornopolítica não tem
interesse no bem comum, naquilo que seja público. Ela é exercida exclusivamente
no benefício de quem a pratica, ou seja, do próprio político. Sarney e seus
aliados que o digam. Diz ainda o articulista que o indivíduo entra na política
para fugir da polícia, ou para ganhar imunidade ou ainda para descolar uma
grana roubando o Estado. Esses passos dados pelo candidato/político são
calculados e intencionais, nada é casual. Os pornopolíticos vêm tanto da
direita tradicional e safada como também da velha e desgastada esquerda e
também safada. Nenhum deles deseja mudança. O atraso não deseja e não aceita
mudança. Continua o articulista dizendo que o chamado “progressismo”, incompetente, voluntarista e arcaico, está
retoricamente superado e que, apenas no Brasil, ainda se insiste em um
socialismo que existe exclusivamente na imaginação de alguns poucos, e que,
pela própria impossibilidade de sobrevivência, está se desgastando e degradando
num populismo e mediocrização dos ideais do genial Karl Marx em sua magnífica
obra O Capital. Vejam vocês que o
socialismo ou se preferirem o comunismo ou ainda o marxismo, nenhum desses
prováveis ou possíveis regimes de governo estabeleceu-se no planeta e é modelo
de desenvolvimento sócio-econômico, onde povo e governo vivem em perfeita
tranqüilidade e harmonia. Nem a tão propalada China vive desse modo pois La
impera uma mão de obra escravizada como todos sabemos.
04/10/06
Afif Bittar – Sociólogo e
Especialista em Psicologia Social
Consultor de empresas em
Administração Geral e Recursos Humanos.
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