O termo RH ou outro qualquer que se queira designar uma área onde se
concentram pessoas que recrutam, selecionam, avaliam, treinam, administram,
enfim que lidam com gente nas empresas não é significativamente o fator mais
importante a ser considerado. Enquanto esse termo vai sendo cantado e
decantado, os verdadeiros profissionais do desenvolvimento de pessoas vão
realizando seus papéis na surdina, silenciosamente. Sua única e exclusiva
preocupação é com o processo educativo que exige continuidade e reavaliações
permanentes e constantes. Este é um verdadeiro trabalho de sacerdócio realizado
nos bastidores, distante das câmeras. É realmente um trabalho que um legítimo profissional
de RH que se preza deve sempre fazer
e muito bem feito. Trata-se de um trabalho de envolvimento do indivíduo de RH na arte de fazer desenvolvimento de
gente e de equipes. Este é, sem sombra de dúvidas, de acordo com opiniões de
diversos especialistas, o caminho mais viável de sobrevivência das organizações
agora e no futuro. O trabalho de envolvimento e desenvolvimento de gente e de
equipes constrói um ambiente no qual as capacidades e possibilidades dos
profissionais têm muito espaço para aparecer e crescer, de modo que sejam
canalizadas adequadamente no caminho dos verdadeiros saltos qualitativos e
quantitativos das performances pessoais e da própria empresa. Os profissionais
envolvidos em um processo desse tipo sentem-se bem, pois eles tem voz, são
ouvidos, suas opiniões são respeitadas, eles vêem seu esforço frutificar,
sentem que existe espaço para crescimento e desenvolvimento pessoal, sentem-se
reconhecidos e respeitados por todas essas razões. As pessoas que respondem por
esta área nas empresas estão e estarão permanentemente buscando e garimpando
recursos humanos na direção do desenvolvimento de pessoas e, conseqüentemente,
das próprias empresas, construindo e estabelecendo um crescimento e
desenvolvimento contínuos, onde as comunicações, os processos de cooperação,
divisão do trabalho pessoal e grupal, onde cada qual assuma sua
responsabilidade e seu verdadeiro papel no grupo, onde a criatividade e a
percepção sejam incentivadas e valorizadas pois elas são essenciais durante o
desenvolvimento dos processos e das atividades de trabalho. Em todo e qualquer
processo educativo, a aprendizagem tem prioridade e deve receber especial
atenção, tendo em vista que a maneira pela qual os métodos de ensino, a forma
pela qual o ato de aprender pelo treinando deve transformar o que foi aprendido
em aquisição permanente e duradoura. Esta é uma garantia do investimento
realizado nas pessoas. Há que saber lidar com os investimentos aplicados em
educação e treinamento, não cometendo as imprudências de, por estar na moda, atirar
dinheiro pela janela sem os necessários cuidados, apenas pelo fato de dizer que
você treina seu pessoal, quando em verdade você engana a empresa, seus colegas,
a comunidade e a você mesmo. A empresa e você estão desperdiçando recursos
materiais, tecnológicos, financeiros e humanos, recursos esses que deveriam ter
outros destinos. Treinar pessoas é importantíssimo, porém, não sem um
planejamento, não sem uma equipe técnica e com pessoas qualificadas e
competentes, a partir de um levantamento de necessidades de treinamento,
realizado por profissionais do ramo que conheçam todas as etapas do processo de
treinamento e desenvolvimento. Treinamento, educação e desenvolvimento são uma prevenção,
exigindo esforço da empresa como um todo que faça investimentos nas pessoas.
Crescer é o desejo de todos e somente os melhor preparados conseguem, já que muitos
ficam na metade do caminho. Crescer é difícil e o processo é muito lento. O
crescimento depende da dosagem do esforço que é aplicado nos objetivos, metas e
planos estabelecidos pela empresa, bem como da qualificação das pessoas
envolvidas no processo. Antônio Augusto Amaral de Carvalho, o Tuta, da Rádio
Jovem Pan de São Paulo, diz em seu livro lançado recentemente que “Ninguém Faz Sucesso Sozinho”, cuja
obra leva o mesmo nome. Seu relato é uma
apologia em defesa do trabalho em equipe. Isto posto, resta colher os frutos
resultantes do esforço aplicado o que certamente serão compensadores e
prazerosos. Finalmente devemos concluir que podemos falar em talentos quando
cumprimos obrigatoriamente nossa tarefa de saber lidar com pessoas
potencialmente capazes de assumir desafios, seja para crescerem ou para levarem
outras pessoas ao crescimento. Somente desse modo os talentos irão frutificar.
Trabalho inspirado em artigo de
Beatriz Pinheiro, “A Frutificação de Talentos”.
Afif Bittar – Sociólogo –
Especialista em Psicologia Social – Consultor de empresas em Administração
Geral e em Recursos Humanos. (01/06/10).
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