Dificilmente compreensível se não recorrermos à
idéia de quantidade, a qualidade designa uma propriedade, atributo, ou
maneira de ser de uma coisa, segundo a Enciclopédia Universo.
Exemplificando temos: dureza, cor, odor, durabilidade, resistência, sabor etc.
É um traço descritivo sentido e vivido, não diretamente mensurável, contudo
avaliável nos seus diferentes sentidos ou características, como por exemplo:
bom – mau – excelente – bonito – feio – duro – mole – forte – fraco – frio –
quente – etc. O Dicionário Houaiss da língua portuguesa nos revela que qualidade é uma propriedade que determina a essência ou a natureza de um ser ou
de uma coisa. Entre uma série enorme de outras definições citarei mais uma:
é um conjunto de traços psicológicos e/ou
morais de uma personalidade, caráter, índole, podendo esses traços serem
positivos ou negativos.
Ao qualificar alguma coisa, está se, por conseguinte,
atribuindo um valor qualquer a esta coisa, avaliando-a, classificando-a,
indicando-lhe uma determinada qualidade e, por isso mesmo, as qualidades são
compreendidas pelo espírito científico como variações quantitativas: o quente
ou o frio constitui-se de um número de graus mensuráveis, o agudo e o grave
correspondem a freqüências, o odor é uma reação química.
As pessoas, freqüentemente, seja em casa, na rua, no
clube, na companhia de amigos, no trabalho, são, a todo instante, acompanhadas,
observadas e avaliadas de diferentes maneiras e com objetivos os mais diversos,
variando de pessoa para pessoa, dependendo do grau de envolvimento emocional
entre avaliador e avaliado. Ao se avaliar um funcionário no trabalho, o
envolvimento emocional deve ficar de fora, não devendo, de modo algum,
influenciar o avaliador no momento de emitir seu julgamento sobre o desempenho
desse alguém. Tal envolvimento emocional em certos avaliadores está sempre
presente, fato absolutamente inapropriado, carregando de sentimentos seu
parecer, quando deveria ser totalmente isento de preconceitos de cor, religião,
e dos sentimentos de simpatia ou antipatia, cor dos olhos etc. Existem critérios objetivos e
subjetivos de avaliação, isto é, critérios mensuráveis e não mensuráveis.
Na empresa geralmente o funcionário é avaliado
tomando-se por base o seu desempenho real, isto é, o resultado do seu trabalho,
da sua tarefa, confrontando-o com o desempenho desejado ou esperado. Leva-se em
consideração nessa avaliação, entre inúmeros fatores o seguinte: experiência e
tempo na função, a quantidade de produção(se a meta foi atingida), a qualidade
do trabalho ou do produto entregue e do tempo empregado na execução do
trabalho.
A qualidade e a quantidade são da inteira responsabilidade
de cada funcionário, de cada pessoa que realiza uma atividade, seja braçal ou
intelectual e de todos os membros do grupo, sem considerar, é claro, que o
responsável primeiro é o chefe direto, o gerente e o diretor.
Afif Bittar – Sociólogo e Especialista em Psicologia
Social - Consultor de Empresas em Administração Geral e em Recursos Humanos –
05/02/99
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